Iate em 60 parcelas

Sonho do iate próprio em até 60 parcelas.

Segmento de lanchas para classe média também se destaca.

Por Ligia Guimarães, Do G1
Em época de economia aquecida e crédito fácil, o sonho do iate próprio pode ser realizado em até 60 parcelas. De olho no aumento do poder de compra dos brasileiros, o setor náutico aposta nas vendas a prazos longos para impulsionar as vendas de barcos, lanchas e jetskis.
"Crédito hoje não tem classe social, todo mundo gosta", afirma o superintendente da Aymoré, financeira do grupo Santander Brasil, André Carvalho Novaes, que oferece linhas de crédito nestes prazos durante a São Paulo Boat Show.

Segundo ele, os prazos longos são reflexo da recuperação do setor, que foi fortemente abatido pela crise de 2008 e aposta no poder de compra dos brasileiros para deslanchar.
 
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O empresário Márcio Schaefer,  dono e fundador do estaleiro Schaefer Yachts,  fabricante de iates de alto padrão que prevê faturar R$ 140 milhões em 2010, percebe a abundância do crédito no mercado de luxo.

"O financiamento está crescendo de uns três anos para cá. Hoje vendemos iates em 24, 30 vezes. É bom porque a pessoa não precisa tirar o capital dela da aplicação", afirma Schaefer, que no evento exibia iates de quase R$ 3 milhões.

Susana Costa, diretora geral da líder do mercado brasileiro em iates de luxo Intermarine, admite que as vendas parceladas estão aumentando. "Os financiamentos estão crescendo. Hoje, vendemos em até 60 meses", diz, sem revelar valores.

Na FlexBoat, de Atibaia (SP), especializada em embarcações infláveis que vão de lanchas simples às sofisticadas de mais de R$ 1 milhão, o dono Jaime Alves diz que as vendas são feitas em 30, 60 e 90 dias.

No estande da companhia na feira de embarcações, no entanto,  há a opção de consórcio para comprar até luxuosas lanchas. "Dá para fazer o pagamento de 36 a 100 parcelas", explica o vendedor.

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De acordo com Novaes, do Santander, nos tempos da turbulência econômica mundial o número de parcelas dos financiamentos de produtos náuticos foi reduzido a, no máximo, 48. Herança dos tempos difíceis, no entanto, foi a prática de exigir entrada nos pagamentos.

"É um mercado que sofreu bastante, porque em tempo de crise é a primeira coisa que você pensa: disso eu posso abrir mão. Por outro lado, na bonança, é um segmento para o qual as pessoas olham com mais rapidez", diz o executivo, que estima que o crédito para o setor náutico cresça a um ritmo médio de 20% ao ano.

Mais do que os iates de luxo, que podem custar até R$ 16 milhões, é o potencial de vendas dos exemplares de R$ 50 mil a R$ 300 mil o mais representativo entre os empréstimos concedidos pela financeira do Santander.
"Quem compra barco hoje é o mesmo público que compraria um terceiro carro. Considerando que um automóvel bom está na faixa dos R$ 50 mil e R$ 80 mil, o barco não é impossível", diz.

Outra percepção de Novaes e de alguns dos principais empresários da indústria náutica nacional consultados pelo G1 é de que há mais compradores também para os luxuosos iates. "O público tão falado da baixa renda e classe média  também está fazendo  pessoas de outras faixas de renda acima ficarem mais ricas. Quem está focado no mercado interno está ganhando mais", afirma.
fonte: http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/10/setor-nautico-oferece-sonho-do-iate-proprio-em-ate-60-parcelas.html